quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Uma dose de nós dois.

A ânsia de vômito é a mesma, os fatos que me enjoam e me machucam são iguais e na verdade a distância me põe ainda mais de perto, de joelhos. Mas não quero saber disso, essa conta tá na minha mesa mesmo que meu copo esteja vazio, não encho o copo e nem pago-a, ignoro ambos e a mim.
Me importa se há quem encha teu copo, pague sua conta e te realize quando concluírem o caminho da tua casa? Nada tenho eu a ver com isso...
Eu me embriaguei da sobriedade que o copo vazio e a conta injustificada me impuseram depois da overdose de você.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desprotegido

Eu já te imaginva a sentar-se de frente pra mim aos Sábados pra conversar e me ouvir, me falar e passar broncas que só quem protege pode dar. Eu só precisava de alguém que mesmo que não fosse, fingisse ao menos pra mim, ser mais forte que eu e dissesse que valho muito e que me ama.
E não era só ter, era merecer, eu precisva merecer o amor e a proteção que me desse pra viver em paz. Era uma força e uma proteção que costuma existir em todos os homens mas que veio faltando em mim e que eu teria de encontrar n'outro alguém. E então conclui que eu precisava de alguém que não atacasse minhas fraquezas, que não me condenasse a lutar, que apenas me protegesse. Quando aquela droga de pneu furou e tive que me virar, me senti como se não valesse nada, só queria correr pro teu abrigo, pros teus braços.
Meu desespero era tão grande que eu seria capaz de desabar de chorar se te visse, que eu seria capaz de te chamar mesmo sem saber teu nome. É uma proteção que eu não tenho como dar a ninguém e que não terei de qualquer um.