domingo, 8 de agosto de 2010

Tem de haver um caminho

É um paradoxo, tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Eu que saí a rua com pretexto de ver meus irmãos empinarem pipa mas querendo descobrir qual casa é a sua, ouvi tilintar um cadeado.
Desse cadeado que tilintou e acelerou meu mediano coração, olhei e vi um portão abrir, parecia contigo mas sei que não era, estava longe, porém sendo você ou não só notei a impaciência de alguém que também espera algo ao olhar pro horizonte e chuta o ar em protesto, olhei fixamente. Entrou, saiu várias vezes, olhava pra trás quando eu voltava pra onde estava e olhava pra minha direção quando eu avança, tilintando o cadeado.
Já de noite, o cadeado tilintou pela última vez e o portão se trancou. Peguei esse momento e resolvi entrar pensando: "Tem de haver um caminho" .

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